Bomba cobrava 1,65 euros antes de clientes começarem a abastecer
18-04-2022 - 14:11
 • Ricardo Vieira

Em causa estão “fortes indícios do crime de especulação e eventual crime de falsificação de notação técnica, tendo os factos sido, de imediato, comunicados ao Ministério Público", adianta a ASAE.

Um posto de abastecimento de combustível cobrava valores até 1,65 euros ainda antes dos clientes começarem a atestar a viatura, avançou esta segunda-feira a ASAE.

A alegada falsificação foi detetada, em flagrante delito, numa bomba de Vila Pouca de Aguiar por inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

"Durante a ação os inspetores verificaram que, no início de cada abastecimento, após o reset do contador e mesmo antes de ser pressionado o manípulo da agulheta da bomba, o contador alterava-se automaticamente, cobrando valores até 1,65 euros, sem que o consumidor tivesse feito qualquer abastecimento efetivo", revela a ASAE, em comunicado.

Em causa estão “fortes indícios do crime de especulação (delito antieconómico) e eventual crime de falsificação de notação técnica, tendo os factos sido, de imediato, comunicados ao Ministério Público", adianta a ASAE.

As bombas em causa tinham sido sujeitas a controlo metrológico este ano e tinham o respetivo selo de validade e de conformidade.

Os equipamentos foram selados e apreendidos, para garantir a perícia técnica.

Esta é já a quarta situação semelhante detetada pela ASAE nos últimos meses em postos de abastecimento de combustíveis.