O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, pede ao Governo rapidez na atribuição de ajudas após as cheias desta semana na região da capital.
Foram mais de duas horas de reunião em que autarcas de Almada, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sintra, Amadora e Vila Franca de Xira para um primeiro balanço provisório dos prejuízos causados pelas intensas chuvas que se fizeram sentir na noite e madrugada da passada quarta para quinta feira.
Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, abandonou mais cedo o encontro e, em declarações aos jornalistas, mostrou-se descontente.
“Saio com alguma preocupação porque não foi claro de que montantes estamos a falar, também não ficou clara a celeridade destes apoios. Nós temos as pessoas num estado de desespero, temos muitos restaurantes, comerciantes que perderam tudo”, declarou.
Carlos Moedas pede ao Governo que seja rápido na atribuição de apoios após as cheias de quarta-feira à noite, que provocaram um morto e muitos estragos.
"O que peço ao Governo é rapidez e enquanto não vir não acredito, vejo uma série de burocracia, mas não vejo em que medida o Estado nos vai ajudar”, alertou o presidente da Câmara de Lisboa.
No encontro ficou estabelecido um prazo máximo, a data de 15 de janeiro, para que os autarcas façam chegar os prejuízos públicos e privados.
“Vamos analisar tudo isso, mas precisamos de uma linha de apoio do Governo sem dúvida, dinheiro do Estado rapidamente para colmatar esta catástrofe na cidade de Lisboa. Eu estou aqui para pedir ajuda, mas não pode vir daqui a seis meses ou um ano tem de vir já!”, afirmou Carlos Moedas.
O autarca garante que a autarquia vai também ajudar financeiramente quem sofreu prejuízos, só não disse com quanto e quando, remetendo para a próxima reunião de câmara mais informações.
“Quando soubermos a ajuda efetiva depois a CML pode reagir e vai fazer o seu papel. Na vida pública são precisos mecanismos que ajudem rápido. Vamos lançar na reunião de câmara o que vamos fazer. Ainda estamos a fazer o levantamento dos estragos”, disse Carlos Moedas.
O presidente da Câmara de Lisboa sublinhou que estes fenómenos têm sido cada vez mais frequentes e que nos últimos três meses é a terceira situação que gera cheias repentinas.