O Estado Islâmico libertou 22 cristãos que tinham sido raptados da região de Hassakeh, em Fevereiro de 2015.
A notícia foi confirmada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, baseada em Londres, e também por um grupo sedeado na Suécia, representativo da diáspora da etnia assíria, a que pertencem os cristãos raptados.
Segundo Afram Yakoub, da Federação Assíria da Suécia os 22 cristãos libertados esta quarta-feira são sobretudo idosos. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos diz que foi pago um resgate para a libertação dos reféns, mas a informação é negada por Yakoub.
“A libertação é um pequeno gesto de esperança. Dá-nos esperança que algum dia os restantes também sejam libertados”, disse Yakoub à Reuters.
Segundo o activista assírio Nuri Kino, que também vive na Suécia, há uma semana havia oficialmente 122 cristãos de Hassakeh nas mãos do Estado Islâmico, pelo que o número é agora uma centena.
A estes somam-se pelo menos 250 assírios que foram raptados na semana passada da cidade de Al-Qaryatain, que foi ocupada pelo grupo terrorista islâmico. O número só não é maior porque milhares de cristãos conseguiram fugir da cidade, refugiando-se em Homs.
Estes cristãos estão a ser auxiliados pelas igrejas locais, nomeadamente a Igreja Siríaca Católica e a Igreja Siríaca Ortodoxa, que estão a trabalhar em conjunto. As igrejas disponibilizaram uma conta bancária para que quem quiser possa ajudar com donativos, uma vez que a situação no terreno é muito complicada, faltando bens essenciais de todo o género, incluindo medicamentos e comida para bebés.