Zicky Té e Tomás Paçó, campeões europeus de futsal ao serviço de Portugal, não pensam em sair do Sporting, "o melhor clube do mundo".
Em entrevista a Bola Branca, esta quarta-feira, Zicky, de 20 anos, garantiu que se sente bem em Portugal, campeonato cada vez mais conceituado.
"Cada vez mais o mundo lá fora vê o trabalho do povo português, do campeonato, das seleções. Acredito que cada vez mais jogadores querem vir jogar para Portugal. Com o tempo, isto só vai melhorar, porque os jogadores da nossa formação são mesmo muito bons", assinalou.
Sentimento partilhado por Tomás Paçó, de 21 anos, que lembrou que o Sporting, vencedor da Liga dos Campeões, está no topo do mundo.
"Estou no melhor clube do mundo, tenho o melhor jogador jovem do mundo [Zicky] ao meu lado, tenho o segundo melhor jogador do mundo [Merlim] a treinar comigo, o melhor guarda-redes do mundo [Guitta], o melhor treinador do mundo [Nuno Dias], o Sporting foi considerado a melhor equipa do mundo [nos Futsalplanet Awards]. Estou bem onde estou e não penso muito no futuro", afiançou o fixo leonino.
O sucesso e reputação crescentes da Liga e da seleção portuguesas devem-se, também, ao trabalho de formação dos clubes, referiu Paçó.
"Deve-se muito ao trabalho que se faz nos clubes, de quão bem se trabalha. Portugal já é uma referência no futsal. O Sporting já tem duas Champions e, parecendo que não, as pessoas já começam a olhar para nós com outra cara. Já dizem: 'aqueles já ganharam isto e aquilo, é melhor termos cuidado com eles'. Já há um respeito maior. A Liga portuguesa já é uma grande liga", enalteceu o jovem jogador.
O grande rival de Zicky é Zicky
A nível individual, Zicky foi eleito o melhor jogador do Europeu. Uma distinção que o deixa satisfeito, mas não altera a forma de trabalhar.
"Eu senti que estive muito bem no Campeonato da Europa, correu espetacularmente bem. Se senti ou não que fui o melhor, não olhei para isso, porque olho mais para o meu desenvolvimento e o não dos outros. Trabalho para mim, para melhorar dia após dia e não em comparação a ninguém. Tento superar-me a mim mesmo", explicou.
O pivô do Sporting tenta manter os pés bem assentes no chão, numa vida de alta competição em que os jogos importantes sucedem-se e em que chegar ao topo "é muito difícil, mas manter é ainda mais".
"Não podemos deslumbrar-nos com o que conquistámos, porque quem vive no passado é um museu. Para nos mantermos no alto rendimento durante muito tempo, temos de ter uma alta performance durante o tempo todo. Não pode ser chegarmos, conquistarmos tudo e, na época seguinte, cairmos e pensarmos que somos os maiores porque já ganhámos tudo e pararmos de trabalhar", advertiu.