O Papa Francisco lembrou, este domingo, a população afegã e afirmou a sua oração para os que procuram “refúgio” e para os “mais vulneráveis”, pedindo aos países que “acolham e protejam uma nova vida”.
“Rezo para que os países acolham e protejam quem procura uma nova vida. Rezo pelos deslocados internos para que recebam a assistência e proteção necessária. Possam os jovens afegãos receber as instruções, bens essenciais para o desenvolvimento humano e possam, todos os afegãos, seja na pátria, em trânsito ou nos países de acolhimento, viver com dignidade, em paz e fraternidade com os seus vizinhos”, afirmou o Papa esta manhã, depois da oração do Angelus, no Vaticano.
Nas palavras que dirigiu aos peregrinos, reunidos na Praça de São Pedro, o Papa lembrou ainda as populações afetadas pelo furacão Ida, que provocou cerca de 50 vítimas mortais.
“Rezo pelas populações do Estados Unidos da América que foram afetadas pelo furacão. Que o Senhor acolha os defuntos e sustente quantos sofrem esta calamidade”, afirmou.
Francisco recordou ainda que hoje a Igreja católica celebra a memória da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Saúdo todas as Missionárias da Caridade, em todo o mundo e o trabalho heroico que realizam”.
O Papa lembrou que no dia 12 de setembro estará em Budapeste, na Hungria, para a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, e depois, seguirá para a Eslováquia, com passagens pelas cidades de Bratislava, Présov, Koesice e Šaštin.
“A viagem à Eslováquia vai concluir-se com a grande celebração popular da virgem adorada”, referindo-se a Nossa Senhora das Dores, celebração marcada para o dia 15 de setembro, feriado nacional da Eslováquia.
“Serão dias sonhados de oração no coração da Europa”, sublinhou, pedindo que a sua viagem seja acompanhada com orações.
Nas palavras após o Angelus, o Papa quis ainda lembrar as festividades judaicas que se aproximam - amanhã o Rosh Hashaná, o Yom Kipur, no dia 15, e o Sucot, a 20 de setembro - saudando os “irmãos judaicos” e manifestando a sua “proximidade”.
Francisco lembrou também a beatificação, celebrada este sábado, do primeiro beato argentino – “Até que enfim um beato argentino”, o Frei Mamerto Esquiú, frade menor e bispo de Córdoba, “servidor da paz e da fraternidade”.
A oração do Angelus foi antecedida por uma reflexão sobre a escuta, que o Papa Francisco quis dirigir às famílias e a todas as pessoas, em especial aos sacerdotes.
“Vamos pensar sobre a vida familiar: quantas vezes você fala sem primeiro ouvir, repetindo seus próprios refrões, que são sempre os mesmos. Incapaz de escutar, nós dizemos sempre as mesmas coisas. O renascimento de um diálogo muitas vezes passa não por palavras, mas pelo silêncio; Recomeçar com paciência para ouvir o outro, os seus trabalhos, o que ele carrega dentro. A cura do coração começa com a escuta”, sublinhou.
Francisco afirmou que a “surdez interior é pior que a física” porque, indicou, “é a surdez do coração” e pediu que “entre as milhares de palavras” que se escutam todos os dias, se possa deixar “ressoar algumas palavras do Evangelho”.
“Corremos o risco de nos tornar impermeáveis a tudo e não dar espaço a quem precisa ouvir: Estou pensando em crianças, jovens, idosos, muitos que não têm muito necessidade de palavras e sermões, mas para ouvir”, indicou.