Joe Biden admite que Vladimir Putin já decidiu que vai invadir a Ucrânia e que o alvo será a capital Kiev.
Esta sexta-feira à noite, numa conferência de imprensa na Casa Branca, o Presidente norte-americano mostrou-se convicto de que a ofensiva de Moscovo estará iminente.
“Temos razões para acreditar que as forças russas pretendem atacar a Ucrânia nos próximos dias. Temos razões para acreditar que o alvo será Kiev, uma cidade com 2,8 milhões de inocentes”, disse Biden, ao mesmo que insistiu que “a Rússia pode, ainda, escolher a diplomacia. Não é tarde demais para aliviar a tensão e regressar à mesa das negociações”.
Nesse sentido, o presidente norte-americano deu conta de um possível encontro entre o secretário de Estado, Anthony Blinken, e o ministro dos negócios estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov a 24 de fevereiro.
Mas deixa o aviso: se Moscovo decidir atacar a Ucrânia antes desse dia, fecha-se a via diplomática e “será claro que está a fechar a porta à diplomacia, será claro que escolheu a guerra e pagará um preço alto por essa opção, não apenas pelas sanções que nós e os nossos aliados vamos a impor mas também pela firme condenação da comunidade internacional”
Questionado, ainda, sobre a recomendação deixada ao presidente ucraniano de não se ausentar do país durante o fim de semana - para estar presente na Conferência de Segurança de Munique - Biden diz que “essa é uma decisão que ele terá de tomar”.
“Eu falei com Zelensky muitas vezes e, na busca de uma solução diplomática, será, porventura, a decisão mais sensata”, concluiu.