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O primeiro-ministro afirmou hoje que não há atualmente inquéritos epidemiológicos em atraso e que, para já, até é possível reduzir o número de militares afetos a ações de rastreio, mas salientou estar em preparação a testagem "massiva".
Estas posições foram transmitidas por António Costa em conferência de imprensa, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, depois de uma reunião do Conselho de Ministros e após ser confrontado com críticas sobre a persistência de uma falta de recursos humanos para ações de rastreio.
"Neste momento, felizmente, não há inquéritos epidemiológicos em atraso, tendo sido recuperado todo o atraso que existia. Podemos mesmo já reduzir o número de pessoas afetas às atividades de rastreamento, designadamente os militares das Forças Armadas", respondeu o líder do executivo.
António Costa ressalvou logo a seguir que "os militares das Forças Armadas mantêm-se em estado de prontidão para poderem voltar a ser chamados, caso seja necessário aumentar o número de rastreios".
Neste ponto da conferência de imprensa, António Costa referiu que o Ministério da Saúde "está a preparar um alargamento muito significativo das ações de testagem, o que é facilitado pelo facto de atualmente se dispor de novos testes, designadamente testes PCR que podem ser realizados por mera colheita de saliva". .
"Isso cria condições para se massificar de forma mais acelerada a testagem de cidadãos, procurando uma pró-atividade, como aquela que foi desenvolvida em 19 freguesias da área metropolitana de Lisboa no início de junho", indicou - aqui numa alusão ao surto de covid-19 que então atingiu vários concelhos da chamada "Grande Lisboa".
"Não vamos apenas esperar por aqueles que, por algum motivo, decidem testar-se, mas, também, iremos à procura de pessoas para testar, tendo em vista identificar, isolar e rastrear contactos de pessoas que possam estar infetadas, algumas delas sem qualquer sintoma e, como tal, sem consciência de que se encontram infetadas", acrescentou.