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A requisição civil aprovada pelo Governo em Conselho de Ministros esta quinta-feira só se aplica aos hospitais onde os serviços mínimos não estão a ser cumpridos, confirmou à Renascença o Ministério da Saúde.
Neste momento, e também de acordo com informações do Ministério, há quatro centros hospitalares onde os serviços mínimos não estarão a ser cumpridos no âmbito da greve dos enfermeiros às cirurgias, em curso desde novembro. São eles o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (em que se integra o hospital de Santa Maria da Feira), o Centro Hospitalar Universitário do Porto (que inclui o hospital de Santo António), o Centro Hospitalar Universitário de São João (no Porto) e o Centro Hospitalar de Tondela Viseu.
Ainda segundo as informações avançadas à Renascença, os critérios de aplicação desta requisição civil ainda estão a ser preparados.
Esta quinta-feira, o Governo aprovou em Conselho de Ministros o recurso à requisição civil, argumentando a decisão com o facto de haver hospitais onde os serviços mínimos não estão a ser cumpridos.
Para amanhã, está já programada uma nova greve em três hospitais que também não será abrangida por esta requisição civil.
Em declarações à Renascença, o presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, já tinha defendido esta tarde que a requisição civil pode ser aplicada apenas nos casos de incumprimento dos serviços mínimos pré-determinados, pelo que poderia não abranger todos os hospitais.
“A requisição civil aplicar-se-á às instituições em que os serviços mínimos não foram cumpridos e vai, na prática, obrigar ao cumprimento desses serviços mínimos. A greve poderá manter-se nas instituições em que os serviços mínimos estão a ser cumpridos”, explicou Alexandre Lourenço.
[Notícia atualizada às 19h05]