Mais de uma centena de apoiantes do tenista Novak Djokovic, incluindo membros da comunidade sérvia e anti-vacina, protestaram à porta do hotel em Melbourne, Austrália, onde o número um mundial se encontra desde quinta-feira.
Os manifestantes, alguns com a indumentária igual à usada por tenistas, misturaram-se com ativistas que se reúnem regularmente à volta do Hotel Park para exigir os direitos de mais de 30 requerentes de asilo que se encontram detidos no local há meses.
Enquanto manifestantes sérvios agitavam bandeiras do seu país, outros ativistas anti-vacinas manifestaram o seu apoio a Djokovic, que aguarda uma decisão sobre a sua deportação por um tribunal australiano, depois de as autoridades terem revogado o seu visto por não ter sido vacinado contra a covid-19.
Antes das celebrações do Natal ortodoxo, o reitor da Igreja Ortodoxa Sérvia da Santíssima Trindade de Melbourne, Milorad Locard, disse ter pedido às autoridades que autorizassem um padre a visitar Djokovic, que normalmente celebra as festas em Melbourne, de acordo com a emissora pública australiana ABC.
"Tudo o que rodeia este evento é terrível e estamos muito desapontados com a forma como [o primeiro-ministro australiano Scott] Morrison o tem tratado. Que ele [Djokovic] tenha de passar o Natal num centro de detenção é impensável", criticou.
O tenista Novak Djokovic está livre de deixar o hotel em Melbourne para poder regressar ao seu país de origem, disse o Governo australiano.
Djokovic chegou a Melbourne na quarta-feira à noite, com uma isenção médica que lhe permitiria defender o seu título no Open da Austrália sem estar vacinado, mas a autorização especial foi retirada ao número um do mundo.
A vacina é obrigatória para a entrada na Austrália, mas existem isenções temporárias para pessoas que têm uma "condição médica grave", que não podem ser vacinadas porque contraíram Covid-19 nos seis meses anteriores ou tiveram uma reação adversa, entre outras razões.