Mais de uma centena de médicos concentrados em frente ao Ministério da Saúde
01-08-2023 - 16:55
 • Lusa

No primeiro de dois dias de greve da FNAM contra a proposta do Governo de valorização da carreira, o sindicato vai apresentar uma contraproposta em que reivindica aumentos que compensem a perda de poder de compra dos médicos na última década, além de um horário semanal de 35 horas.

Mais de uma centena de médicos estão concentrados em frente ao Ministério da Saúde, em defesa do Serviço Nacional de Saúde e contra a proposta apresentada na semana passada aos sindicatos.

"A saúde é um direito, sem ela nada feito", "O povo merece o SNS" ou "Pizarro, escuta, os médicos estão em luta" são algumas das palavras de ordem que ouvia quem passasse junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, ao início da tarde.

A concentração foi organizada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) no primeiro de dois dias de greve contra a proposta do Governo de valorização da carreira, apresentada aos sindicatos na semana passada, no âmbito das negociações que se iniciaram ainda em 2022, e que a presidente da Federação considerou "totalmente inaceitável".

Em alternativa, a FNAM vai entregar hoje à tutela uma contraproposta em que reivindica aumentos que compensem a perda de poder de compra dos médicos na última década, um horário semanal de 35 horas, a reposição das 12 horas em serviço de urgência e do regime majorado da dedicação exclusiva e a integração dos internos no primeiro grau da carreia.

"Com as suas propostas, doentes vão continuar a ser vistos por médicos exaustos, em "burnout"", afirmou a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, ao megafone, dirigindo-se aos colegas, mas numa mensagem para o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.