O vice-primeiro-ministro da Ucrânia e responsável pela pasta da Transformação Digital avançou esta segunda-feira que as Forças Armadas ucranianas já contrataram 1.765 aeronaves não tripuladas no âmbito do chamado 'Exército Drone'.
"Esta é uma guerra tecnológica, é necessário usar veículos aéreos não tripulados de forma mais eficaz e salvar a vida dos nossos soldados. Foi por isso que o projeto 'Exército de Drones' foi criado", disse Mikhailo Fedorov, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Segundo este responsável, este exército já recebeu mais de 85,5 milhões de euros e cerca de 3.500 militares foram treinados para lidar com aeronaves não tripuladas.
Apesar destes números, o representante ucraniano destacou que as Forças Armadas ainda precisam de mais aparelhos deste tipo, referindo-se concretamente a drones com alcance de visão de até 50 quilómetros para observar os movimentos russos a uma distância maior.
O 'Exército de Drones' é uma iniciativa promovida pelo Estado-Maior das Forças Armadas Ucranianas em colaboração com o Ministério da Transformação Digital, que visa a aquisição de dezenas de aeronaves não tripuladas, um tipo de arma que se tornou chave na guerra contra a Rússia.
Entretanto, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou esta segunda-feira que a Aliança enfrenta uma "corrida contra o tempo" no envio de apoio militar suplementar à Ucrânia para permitir às forças ucranianas fazerem face às novas ofensivas da Rússia.
Numa conferência de imprensa para projetar a reunião de ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que decorrerá entre terça e quarta-feira em Bruxelas, Stoltenberg avisou que, "quase um ano após a invasão, o Presidente [Vladimir] Putin não está a preparar-se para a paz, mas sim para lançar novas ofensivas", razão pela qual os Aliados devem "continuar a fornecer à Ucrânia o que precisa para vencer e para alcançar uma paz justa e sustentável".