O presidente do Conselho Estratégico do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, considera que ao optar por Fernando Medina para a pasta das Finanças, António Costa escolhe alguém com um perfil político que "não é um economista reputado".
Em declarações à Renascença, Joaquim Miranda Sarmento diz que esperava um Governo “muito mais forte, com nomes da sociedade civil e do setor privado”.
“Com exceção da ministra da Defesa e do Ensino Superior, que são duas boas académicas, o resto do Governo é, grosso modo, constituído por pessoas do aparelho, do PS, nomes que já vêm de trás”, afirma o social-democrata.
Para Joaquim Miranda Sarmento, a escolha do ex-presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina para a pasta das Finanças “é ainda mais surpreendente”.
“Esperávamos todos que neste contexto de maioria absoluta de quatro anos e meio fosse um economista reputado. Fui muito crítico da política económica e orçamental do Dr. Centeno e do Professor Leão, mas são dois pares meus na academia bastante reputados. O Dr. Medina não é um economista reputado, é um político profissional e eu não tenho memória de termos um ministro das Finanças com um perfil tão político e tão pouco técnico”, afirma o "ministro das Finanças" do líder do PSD, Rui Rio.
No caso do novo ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, o presidente do Conselho estratégico do PSD começa por considerar “surpreendente” a saída de Pedro Siza Vieira que, “apesar de falhas importantes no Banco de Fomento, era relativamente apreciado pelos empresários”.
“Receio que o engenheiro Costa e Silva possa ter uma abordagem demasiado teórica para o Ministério da Economia, ainda por cima tendo em conta que a especialidade dele é energia e a energia permanecerá, tanto quanto sabemos, no Ministério do Ambiente”, sublinha Joaquim Miranda Sarmento.