O bispo do Porto, D. Manuel Linda, diz, numa carta dirigida aos doentes e aos que deles cuidam, que, para a Igreja, “não há importantes e descartáveis, valiosos a promover e desprezíveis a rejeitar”.
Em vésperas do dia Mundial do Doente, D. Manuel Linda lembra que “um dos pontos de honra da Igreja é reconhecer a todos uma igual dignidade”.
“Para nós, não há importantes e descartáveis, valiosos a promover e desprezíveis a rejeitar, como faz uma certa cultura e determinados setores que a adotam”, sublinha o prelado.
O bispo adianta que, a Igreja ao reconhecer “essa igual importância, dedicamos especial esforço a «promover» aqueles a quem as circunstâncias da vida colocaram em situação de maior fragilidade”.
No texto, D. Manuel Linda contextualiza a celebração do Dia Mundial do Doente e lembra que “ para além de tudo o que os nossos organismos fazem pelos mais débeis, a Igreja criou uma data que vos é especificamente dirigida”.
“Não é só para vos 'lembrar', pois temo-vos presentes na nossa mente todos os dias do ano. Criamos 'o Dia' para recordar que a doença faz parte da nossa natureza biológica, que todos somos reais ou potenciais doentes, que as pessoas se humanizam quando fazem suas as dores dos outros, que a condição humana é a de cuidar, enfim, que a cura acontece com muito saber humano e recurso a muitas técnicas, mas com não menor dedicação, empatia e carinho”, esclarece o bispo diocesano.
Na mensagem, o prelado deseja “pronta recuperação, muito ânimo e muita esperança” e aos crentes que tomem “consciência de que é com sacrifício que acontecem as grandes realizações humanas”, e que ofereçam as suas dores “ como direta participação na obra redentora de Cristo”.
À sociedade, em geral, e aos que trabalham no setor da saúde, em particular, D. Manuel Linda agradece a solicitude e o muito que já realizou para minimizar a dor e fomentar o que se convencionou chamar “qualidade de vida” e pede também que ”não se desista de conseguir mais”
“Enfim, que todos se convençam que jamais haverá efetiva “qualidade de vida” sem a crença e a promoção de uma real “santidade de vida”. Só assumindo esta se encontra motivação para fazer o que houver a fazer pela outra. E, infelizmente, não são muitos os que descobrem isto, como se confirmou há poucos dias”, reforça o Bispo que termina afirmando que reza e invoca “de Deus a sua bênção sanante” .