Paulo Lalanda e Castro foi constituído arguido na sequência de investigações no âmbito da Operação "O Negativo".
O ex-administrador da Octapharma está a ser interrogado pela Polícia Judiciária e ainda esta quarta-feira será apresentado a um juiz, que lhe aplicará uma medida de coacção. Tendo em conta a gravidade do caso, é possível que Lalanda e Castro seja colocado em prisão preventiva.
A operação envolve suspeitas de corrupção na obtenção do monopólio de venda de plasma ao Serviço Nacional de Saúde. Este processo ficou também conhecido como da "Máfia do Sangue". Em causa estão factos susceptíveis de se enquadrarem na prática de crimes de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais.
A operação já envolveu dezenas de buscas e chegou a levar à detenção de Paulo Lalanda e Castro na Alemanha. O empresário foi posteriormente libertado e regressou voluntariamente a Portugal, dizendo-se disposto a colaborar com a justiça.
Para além deste processo, Lalanda e Castro é arguido também nos processos "Operação Marquês" e "Vistos Gold".
A Procuradoria-Geral da República investiga suspeitas de que Lalanda de Castro e um funcionário da área da saúde, leia-se o ex-presidente do INEM Cunha Ribeiro, terão acordado beneficiar a Octapharma usando as funções e influência de cada um. Em causa estará a prática de actos de corrupção activa e passiva, recebimento de vantagens e branqueamento de capitais.
Este caso conta com cinco arguidos: Cunha Ribeiro, dois advogados, a presidente dos hemofílicos de Portugal e Lalanda de Castro.
O alegado esquema de corrupção na venda de plasma aos hospitais portugueses também é conhecido como a "máfia do sangue".
[Notícia actualizada às 10h42]