Número de desempregados cresce 37% em relação ao ano passado
20-08-2020 - 10:54
 • Renascença

Em relação ao mês anterior a variação é de 0,2%. Mas face ao mesmo período do ano passado subiu 37%.

Os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que o desemprego voltou a subir em julho. Portugal tinha registadas 407.302 pessoas nos centros de emprego.

Em relação ao mês anterior a variação é de 0,2% (mais 637 indivíduos). Mas face ao mesmo período do ano passado subiu 37% (mais 110. 012).

Em relação ao forte crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado, o IEFP revela os grupos mais atingidos, nomeadamente as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário .

Já olhando para os indicadores de julho e comprando com o junho é possível ver que só o Norte (+0,7%), Lisboa e Vale do Tejo (+2,5%) e a Madeira (+1,45%) aumentam o número de desempregados inscritos.

O Algarve apresenta a redução mais expressiva. A região viu o número de inscritos nos centros de emprego locais diminuir 12,6%. Já no Centro, Alentejo e Açores, o desemprego diminuiu 0,7%, 1,9% e 0,1% face ao mês anterior.

Ao sector dos serviços está associada a maioria do desemprego registado em julho (73,1%).

Os 407 302 indivíduos desempregados, número que representa 74,5% de um total de 546 846 de pedidos de emprego.

Na nota enviada à redação pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) é sublinhado o decréscimo muito ligeiro no segmento dos jovens, com uma quebra de 0,3% face ao mês de junho, representando menos 136 pessoas inscritas.

Em relação às ofertas de emprego verifica-se um aumento em relação a junho de mais 6,5%, mas ainda assim uma quebra significativa de 34,2% em relação ao mesmo mês do anos passado.

Veja aqui as estatísticas

Mais casais desempregados

O número de casais com ambos os elementos inscritos nos centros de emprego aumentou 22% em julho face ao mesmo mês de 2019, para 6.560, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).


De acordo com o IEFP, do total de desempregados casados ou em união de facto, 13.120 (8,2%) “têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego”.

Assim, o número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados foi, no final de julho de 2020, de 6.560, ou seja, mais 22% (1.181 casais) que no mês homólogo e menos 0,8% (-50 casais) em relação ao mês anterior.

Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego que se encontrem a receber, quando tenham dependentes a cargo.