O Santo Padre lamentou “as inúmeras pobrezas materiais, culturais e espirituais do nosso mundo, as existências feridas que povoam as nossas cidades, os pobres tornados invisíveis, cujo grito de dor é sufocado pela indiferença geral duma sociedade atarefada e distraída”.
O Papa também não esqueceu “os que estão oprimidos, cansados, marginalizados, as vítimas das guerras e aqueles que deixam a sua terra arriscando a vida”, bom como “os que estão sem pão, sem trabalho e sem esperança”.
Para Francisco, a grande alternativa é pois “multiplicar o que recebemos, fazendo da vida uma oferta de amor pelos outros, ou então viver bloqueados por uma falsa imagem de Deus e, com medo, esconder debaixo da terra o tesouro que recebemos, pensando só em nós mesmos, sem nos apaixonarmos por nada além das nossas comodidades e interesses, sem nos comprometermos”.
Por fim, o Papa deixou um conselho: “Ponhamos em circulação a caridade, partilhemos o nosso pão, multipliquemos o amor! A pobreza é um escândalo. Quando o Senhor voltar, pedir-nos-á contas e dir-nos-á: Por que tolerastes que tantos pobres morressem de fome, quando dispunhas de ouro com o qual obter alimento para lhes dar? Porquê tantos escravos foram vendidos e maltratados pelos inimigos, sem que ninguém fizesse nada para os resgatar?”
Um grupo significativo de pobres e sem abrigo marcou presença nesta missa e alguns deles participaram no cortejo das oferendas. No final da missa e depois da oração do Angelus, na Praça de São Pedro, o Santo Padre mantém a tradição de almoçar neste dia com centenas de pobres. A refeição e o convívio com os pobres realiza-se na Aula Paulo VI e o almoço é generosamente fornecido por uma cadeia de hotéis de luxo em Itália.