Jack Dorsey, um dos criadores do Twitter, desenvolveu uma nova plataforma social. A Bluesky já está a ser comentada nas redes e é vista como uma alternativa ao Twitter, comprado recentemente pelo bilionário Elon Musk.
Mas as primeiras menções de Dorsey a esta plataforma remontam a 2019, quando ainda era CEO do Twitter, revelando estar a apoiar uma equipa independente que iria desenvolver um novo projeto para as redes sociais.
“Estamos a construir o AT Protocol, uma nova base para redes sociais que permite aos seus criadores ter independência das plataformas, aos programadores liberdade para construir e aos utilizadores uma terem escolha na sua experiência”, afirma o site oficial da Bluesky.
O que é?
O Bluesky nasceu dentro do Twitter e é uma abordagem para uma rede, que poderá ser acedida de forma mais aberta e descentralizada. Um dos seus objetivos é a reinvenção do atual modelo das redes sociais.
Quando estiver a operar a 100% permitirá que diferentes redes interajam por meio de um padrão aberto, apesar de cada uma ter seus próprios sistemas de curadoria e moderação.
Já está ativa?
Está em fase de testes. A versão beta foi aberta a um conjunto de limitado de utilizadores.
A Bluesky conta com mais de 30 mil inscrições e tem uma lista de espera de, pelo menos, menos de dois dias.
Como vai funcionar?
Vai usar protocolos de segurança elevada: além de tecnologia blockchain, que também é usada em criptomoedas, vai ter um ATP (Authenticated Transfer Protocol).
Esta será uma rede social gerida e acedida através de vários sites, ao contrário de usar um único ponto para acesso aos seus servidores.
Qual a grande novidade?
Pretende ser uma rede descentralizada que permita a diferentes plataformas operaram juntas, rompendo com os padrões atuais, onde gigantes como a Google e o Facebook centralizam suas redes, mantendo os usuários isolados entre si — sem permitir a integração orgânica entre eles.
Com a Bluesky, os utilizadores teriam maior controle sobre os tipos de conteúdo que recebem em seus feeds. Também poderiam migrar facilmente seus dados para o uso em uma rede social diferente.
Elon Musk, o homem mais rico do mundo, assumiu o controlo do Twitter na passada semana, tendo dissolvido de imediato o conselho de administração, além de expulsar os principais quadros e demitir cerca de metade dos 7.500 funcionários.
Musk financiou a aquisição de 44 mil milhões de dólares (valor idêntico em euros) através de contribuições pessoais, empréstimos e parcerias, como aquela que fez com o príncipe saudita Al-Walid bin Talal, que lhe colocou nas mãos as quase 35 milhões de ações do Twitter que já possuía, tornando-se o segundo maior acionista da rede social.