A combinação de voz, personalidade e interpretação são alguns dos traços que Plácido Domingo privilegia quando procura novos talentos para a ópera, admitindo que hoje é mais fácil encontrar talentos naquela área.
A afirmação foi feita esta segunda-feira, em Lisboa, na apresentação do Concurso Mundial de Ópera Operalia, a decorrer até domingo no Teatro Nacional de São Carlos, uma iniciativa criada pelo tenor e maestro espanhol que atualmente é diretor-geral da Ópera de Los Angeles.
"É com uma enorme alegria que regresso a este teatro de grande prestígio", um teatro "bicentenário" onde "há mais de 20 anos" cantou "Otello", de Verdi, e onde não voltou a cantar.
O São Carlos é de um teatro "com história e de grande prestígio", ao nível de outros teatros de ópera europeus, alegou o cantor, considerando ainda "uma coincidência feliz" que a 26.ª edição do Operalia se realize naquele espaço.
Inaugurado em 1793, o São Carlos encontra-se a comemorar os 225 anos bem como os 25 anos da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), criada em 1993, tal como o concurso criado por Plácido Domingo, para descobrir e ajudar a lançar as carreiras dos mais promissores jovens cantores da atualidade.
Quarenta cantores de 24 países disputam nestas segunda e terça-feira os quartos de final do Operalia, entre os quais se encontram os portugueses Luís Gomes e Rita Marques.