Paulo Pereira, videoárbitro Bola Branca, dá nota positiva (3) à atuação de Artur Soares Dias no clássico entre Benfica e FC Porto, no Estádio da Luz, que terminou com empate a um golo.
O especialista em arbitragem aponta como maior erro a falta de critério que revelou ao não mostrar o segundo cartão amarelo a Pepe, aos 80 minutos de jogo.
"Soares Dias encarregou-se de dizer que tinha errado. Aos 82 minutos, deu amarelo ao Seferovic por um lance igual ao de Pepe. Deveria ter mostrado o segundo cartão amarelo ao Pepe. Nessa mesma jogada, o Benfica tentou a reposição rápida, Soares Dias não autorizou, mas já na primeira parte tinha feito o mesmo num lance do Porto. Acho que fez bem, ainda se estava a justificar a alguns jogadores", começa por dizer.
Paulo Pereira fala num jogo "difícil e com vários casos". Na primeira parte, o ex-árbitro explica que Manafá seria expulso na falta sobre Rafa Silva, num penálti revertido pelo VAR numa situação de fora de jogo.
"O árbitro esteve bem em marcar penálti num primeiro momento. Manafá agarrou Rafa Silva, e agarrar é uma falta de continuidade, não conta onde começa, mas onde termina, que foi dentro da área. Não concordo que fosse amarelo. A dupla penalização só se analisa quando é na disputa da bola. Se jogada não fosse invalidada por fora de jogo, seria vermelho para Manafá. Tudo isto foi anulado por fora de jogo, bem assinalado", considera.
No final do jogo, o golo de Pizzi foi anulado por fora de jogo assinalado a Darwin: "No golo revertido, estava em fora de jogo e é correta a decisão do árbitro".
Em conclusão, Paulo Pereira considera que "Soares Dias esteve com mão muito leve, mas muito bom trabalho de João Pinheiro no VAR. Contrariou a decisão do que é considerado o melhor árbitro português, mas acertou. Falta de critério que me leva a dar nota 3 a Artur Soares Dias"