Continua por definir como será feito o controlo das fronteiras na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), quando faltam apenas dois meses para o evento que se realiza em Lisboa na primeira semana de agosto e que deverá receber cerca de 1,5 milhões de pessoas.
Depois de ter indicado que falaria sobre o assunto esta sexta-feira, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, apenas adiantou que o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) está a trabalhar num plano para definir que pontos serão controlados.
O mesmo plano será depois comunicado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e só depois será tornado público.
Em comunicado após a reunião com o ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, o MAI aponta apenas que os dois governantes "avaliaram as medidas a adotar em matéria de controlos nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres", que serão aprovadas pelo Governo.
Na conferência de imprensa, José Luís Carneiro indicou ainda que as forças de segurança têm vindo a cooperar com o SSI no que diz respeito a um plano geral de segurança.
Na quarta-feira, o ministro afirmou que já existiu uma reunião com o responsável espanhol e que o comandante-geral da GNR tem estado em contacto com os seus congéneres espanhóis e europeus, sublinhando hoje que a colaboração da Guardia Civil espanhola na peregrinação de 13 de Maio é já um ensaio para a JMJ, que se realiza entre 1 e 6 de agosto e onde estará presente o Papa Francisco.
Esta quinta-feira, o município de Vila Nova de Cerveira apelou à implementação de "medidas de segurança", mas "sem barreiras" entre Galiza e Alto Minho, à semelhança do que se sucedeu na pandemia de Covid-19, rejeitando a "reposição de controlo" na fronteira entre as duas regiões vizinhas.
Outro dos temas da reunião com o homólogo espanhol foi a luta contra o cibercrime e a prevenção e combate ao crime organizado, tendo em vista a presidência de Espanha no Conselho da União Europeia a partir de julho e até dezembro deste ano.