Um tribunal de Moscovo interditou esta segunda-feira as redes sociais Facebook e Instagram na Rússia, alegando que desenvolvem "atividades extremistas", noticiaram agências de notícias russas.´
"Aceitamos um pedido da Procuradoria para interditar as atividades da empresa Meta”, proprietária do Facebook e do Instagram, declarou a juíza, segundo as agências.
A aplicação de mensagens WhatsApp, também detida pela Meta, não foi abrangida por esta medida.
Os serviços de segurança russos (FSB) exigiram a “interdição imediata” das redes sociais, no primeiro dia de um processo por “atividade extremista”, no contexto da repressão reforçada após a ofensiva na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro.
“As atividades da Meta são dirigidas contra a Rússia e as suas forças armadas. Exigimos a sua interdição e a obrigação de aplicar esta medida imediatamente”, declarou durante a audiência um porta-voz do FSB, Igor Kovalevski, citado pela agência Interfax.
Um procurador exigiu igualmente a interdição da Meta “devido aos manifestos sinais de atividade extremista”.
Pediu, no entanto, para isentar desta medida a aplicação de mensagens WhatsApp, que pertence igualmente à Meta.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, depois de meses a concentrar militares e armamento na fronteira com a justificação de estar a preparar exercícios.
A guerra já matou pelo menos quase mil civis e feriu cerca de 1.500, incluindo mais de 170 crianças, de acordo com as Nações Unidas.
Além disso, o conflito provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas das suas casas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos.
Segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.