O Presidente eleito do Brasil diz que quer devolver “a normalidade” ao país.
Numa conferência de imprensa, esta quarta-feira em Brasília, após as reuniões com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Lula da Silva assegurou que a relação futura com os parlamentares da oposição irá no sentido de “conversar com eles para garantir as coisas que serão necessárias para melhorar a vida do povo brasileiro”.
“Eu não enxergo dentro da Câmara, dentro do Senado essa coisa de centrão. Eu enxergo deputados que foram eleitos (…) Não há tempo para vingança, não há tempo para a raiva, não há tempo para ódio. O tempo é de governar”, disse Lula.
Protestos? "Essas pessoas deviam dar graças a Deus pela diferença ter sido menor do que aquilo que nós merecíamos"
Já sobre os protestos dos apoiantes de Jair Bolsonaro, que, desde o dia das eleições reclamam a intervenção das autoridades e, até, das Forças Armadas para invalidar o resultado eleitoral, Lula da Silva diz que “essas pessoas deviam dar graças a Deus pela diferença ter sido menor do que aquilo que nós merecíamos ter de votação”.
E acrescenta que “é preciso detetar quem é que está a financiar esses protestos que não têm pés nem cabeça”.
Em relação ao processo de transição em curso entre as equipas de Lula da Silva e do Presidente cessante Jair Bolsonaro, o futuro Chefe do Estado brasileiro assegura que “tudo vai acontecer no tempo certo” e “dentro da normalidade”.