O Presidente brasileiro, Lula da Silva, preside, esta quinta-feira, no Rio de janeiro, à 63.ª Cimeira de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, na qual havia a expectativa da aprovação do acordo comercial com a União Europeia.
Quarta-feira, na reunião dos ministros de Estado do Mercosul, preparatória da Cimeira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, salientou a "dimensão estratégica inequívoca" do acordo, referindo o que considerou importantes avanços nas negociações com a União Europeia, sem referir que será difícil chegar a um entendimento este ano, conforme desejava o Governo brasileiro.
"O acordo será um ponto de inflexão não apenas na relação birregional como também na dinâmica económica das duas regiões. Estamos lançando as bases de uma integração de cadeias produtivas nos dois lados, e nos dois sentidos. Há ganhos a serem obtidos pelas economias do Mercosul no mercado europeu, tanto para ampliar as exportações, como também para aquisição de tecnologias que deverão aprimorar a nossa competitividade", declarou.
O acordo UE-Mercosul abrangerá os 27 Estados-membros da UE mais Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o equivalente a 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial.
O Brasil deixa, esta quinta-feira, a presidência rotativa do bloco sul-americano, que passa a ser detida pelo Paraguai.