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Se Portugal quer salvar o Natal é preciso acelerar o ritmo de vacinação contra a Covid-19.
O aviso é deixado na Renascença por Fernando Maltez, diretor do serviço de Infecciologia do hospital Curry Cabral.
O médico diz que é preciso organizar melhor a administração das doses de reforço e não percebe porque é que os hospitais não estão envolvidos.
“É preciso acelerar este processo. É preciso uma melhor organização dos serviços que disponibilizam a vacinação. Não percebo porque é que os hospitais não estão a participar e os serviços de saúde que participaram na primeira e segunda dose não podem voltar a estar envolvidos. Presumo que seja por causa dos recursos humanos, mas penso que se poderia evoluir nesse sentido”, considera.
No Curry Cabral os internamentos aumentaram nos últimos dias e, a manter-se esta situação, os óbitos também vão aumentar.
“Se nós queremos ter um Natal descansado temos de nos consciencializar. O número de óbitos é menor, mas os números estão a subir e naturalmente os óbitos irão subir proporcionalmente ao número de novos casos.”
“Temos de nos mentalizar que o vírus está a circular, podem surgir novas variantes que podem desafiar todo o trabalho que já está feito de vacinação e de proteção das pessoas”, diz ainda.
Mesmo que não surjam novas variantes, sublinha Fernando Maltês, a vacina não tem a mesma eficácia ao longo do tempo em todas as pessoas.
Quase um mês depois do inicio da vacinação com terceiras doses de reforço aos maiores de 80 anos ainda há cerca de 200 mil pessoas que não receberam o reforço da vacina contra a Covid-19.
[Notícia corrigida às 10h32]