O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que a recomendação de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas por unanimidade e aclamação é "um momento histórico para Portugal" e uma oportunidade para reformar a ONU.
“O Presidente da República fala em nome de todas as portuguesas e todos os portugueses manifestando o nosso orgulho, muito fundo, por ver um português excepcional, o melhor para o exercício do cargo, chegar onde nunca chegou qualquer cidadão da nossa pátria. O orgulho por pudermos sentir retratado neste momento o que é a nossa vocação desde sempre: plataforma entre culturas, civilizações e continentes. É, por todas estas razões, um momento histórico para Portugal”, disse.
O chefe de Estado falava a bordo do navio-escola "Sagres", na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, em Almada, onde decorreu uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que esta é também uma ocasião para as Nações Unidas se reformarem.
"As Nações Unidas têm agora uma oportunidade única para se repensarem, para se reverem, para se reformarem ao serviço da comunidade internacional", considerou.
Guterres, que foi aclamado esta quinta-feira pelo Conselho de Segurança como sucessor de Ban Ki-moon na liderança da ONU, confessou emoção e prometeu servir os mais vulneráveis.
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, considerou “fantásticas” as declarações do antigo Alto Representante das Nações Unidas para os Refugiados. “Do ponto de vista da clareza, do ponto de vista da sistematicidade e, mesmo nas próprias línguas que utilizou, Guterres é o que nós sempre dissemos que ela era como candidato: um candidato capaz de ser o porta-voz global”.
Para oficializar a escolha, falta apenas a aprovação, por maioria simples, dos 193 países da assembleia-geral das Nações Unidas.