Ponto final no jejum quaresmal e
Pedrógão Grande não é de modas, no Domingo de Páscoa come-se o prato
tradicional da região, o bucho recheado “acompanhado com as suas migas, couves,
batata feijão”. É o que vai estar à mesa de almoço de Isaura Mendes, uma
pedroguense que até faz parte da confraria do bucho que existe na vila.
Depois da Procissão da Ressurreição do Senhor e da Missa na Igreja Matriz de Pedrógão Grande, que irá decorrer ao meio dia deste Domingo, Isaura explica à Renascença que terá a família sentada a comer “o estômago do porco recheado com carnes, ovos, pão, sumo de limão” e a rir-se acrescenta que “é tudo guisado, a carne é toda guisada e depois vai ao forno”.
A conversa decorre na sacristia da Igreja Matriz, após a Procissão do Enterro do Senhor, e esta confrade explica ainda que pela Páscoa os pedroguenses também comem “o leitão, o cabrito, o maranho”, este último um prato muito semelhante ao bucho, mas com carne de cabra, presunto e arroz, “mas isso já não é tão nosso”, explica uma bem humorada Isaura Mendes.
Neste Domingo esta confrade irá também dar à família outro prato típico da cozinha nacional, vai fazer “cozido à portuguesa”, explicando, de novo a rir-se, que é “o” seu prato, que os filhos “gostam e estão sempre a pedir” e como terá “muita gente em casa” é o prato que vai servir, não traindo o bucho que vai guisar e pôr no forno.