O presidente francês, Emmanuel Macron, disse no domingo ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que qualquer transferência forçada de pessoas da cidade de Rafah, no sul de Gaza, constituiria “um crime de guerra”.
Citado pela AFP, Macron repetiu a sua oposição a qualquer operação militar israelita para combater o Hamas em Rafah, onde a maior parte da população de Gaza se abrigou após meses de combates ferozes no território sitiado.
Num telefonema entre os dois líderes no domingo, Macron também “condenou veementemente” o anúncio de Israel na sexta-feira da captura de 800 hectares de terras na Cisjordânia ocupada para novos colonatos.
Os ativistas dizem que a declaração de Israel de que as terras no norte do Vale do Jordão eram agora "terras do Estado" como a maior apreensão deste tipo em décadas.
O presidente francês instou Israel a abrir imediatamente todos os pontos de passagem para Gaza.
A planeada ofensiva terrestre em Rafah enfrenta intensa pressão internacional, com avisos de que causaria vítimas civis em massa e agravaria a crise humanitária.
Este domingo, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, sugeriu, numa entrevista à estação de televisão americana ABC News, que poderia haver “consequências” para Israel se avançar com a invasão de Rafah.
“Fomos claros em várias conversas e em todos os sentidos que qualquer grande operação militar em Rafah seria um grande erro”, disse Harris à ABC News.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse no início deste mês que aprovou um plano para invadir Rafah.