A Comissão Nacional do PS aprovou, este sábado, por ampla maioria, a marcação do congresso para 5, 6 e 7 de janeiro e as eleições diretas internas para o cargo de secretário-geral socialista para 15 e 16 de dezembro.
Este calendário foi confirmado aos jornalistas pelo secretário-geral adjunto do PS, João Torres, no final da reunião do órgão máximo socialistas entre congressos.
"Por ampla maioria", segundo João Torres, a Comissão Nacional do PS revogou também o calendário interno que tinha aprovado antes da crise política, que incluíam eleições para órgãos concelhios e federativos, e ajustou as datas do congresso e das eleições diretas para secretário-geral, tendo em vista a realização de eleições legislativas antecipadas em 10 de março.
Ainda segundo João Torres, "os 25 membros da Comissão Nacional do PS que usaram da palavra expressaram reconhecimento a António Costa" pelo seu trabalho "notável" ao longo de quase nove anos como líder do partido e como primeiro-ministro durante oito anos.
Em relação às eleições legislativas antecipadas de 10 de março, declarou: "O PS não se confunde em relação aos seus adversários".
"Os adversários do PS são a direita. São partidos que, como os portugueses sabem, quando em funções governativas, cortam salários e pensões, enfraquecem o Estado Social e também não conseguem contas certas", acrescentou.
Interrogado se houve confronto entre apoiantes de José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos, candidatos à liderança do PS, o "numerou dois" da direção dos socialistas respondeu: "Foi uma reunião serena".