O Presidente da República cessante de Itália, Sergio Mattarella, deverá permanecer no cargo, depois de os partidos de coligação governamental terem concordado que é a melhor hipótese para evitar instabilidade política no país.
Este sábado, na oitava ronda de votações, os partidos italianos finalmente concordaram em manter Mattarella no cargo por mais sete anos.
Mattarella conquistou o mínimo de 505 votos necessários, a maioria absoluta dos 1.009 eleitores participantes na votação.
Mattarella, 80 anos e cujo mandato termina a 3 de fevereiro, fez saber por diversas ocasiões que não queria permanecer no cargo, mas, segundo a agência France-Press, há um consenso entre partidos para que seja reeleito, em nome da estabilidade política no país.
“Os italianos não merecem ter mais dias de discórdia. Defendemos que Mattarella permaneça no Quirinal [sede da Presidência da República italiana]”, afirmou o líder da ultradireita, Matteo Salvini, citado pela agência EFE.
Também o ex-primeiro-ministro, Matteo Renzi, escreveu nas redes sociais que “manter Mattarella no palácio do Quirinal e Mario Draghi no governo é a única forma de tirar a Itália desta loucura”, referindo-se às sucessivas votações sem consenso.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, já enviou os parabéns a Mattarella, garantindo que "a Itália pode sempre contar com a UE".