A ativista Maria Alyokhina, um dos elementos da banda Pussy Riot, conseguiu fugir da Rússia, a caminho da Lituânia, depois de se disfarçar de estafeta de entrega de comida.
Segundo relata o The New York Times, conseguiu enganar a polícia e, com a ajuda de uma amiga, foi transportada até à fronteira com a Bielorrússia e, de seguida, demorou uma semana a chegar à Lituânia.
Maria Alyokhina estava a cumprir uma pena de prisão domiciliária que seria substituida por uma pena de prisão de 21 dias.
Para evitar a punição do regime de Putin, a ativista decidiu efetuar a fuga.
"Ainda não compreendo completamente o que fiz", admitiu, em entrevista ao The New York Times.
A banda punk feminista russa Pussy Riot regressa a Portugal em junho para dois concertos, no Porto e em Lisboa, no âmbito de uma digressão europeia, anuncia a promotora dos espetáculos.
O grupo, "que chegou a integrar 11 mulheres e se tornou famoso, em grande parte, pelas encenações de espetáculos de guerrilha "punk rock" provocatórios não autorizados em locais públicos invulgares", atua em 8 de junho na Casa da Música e em 9 de junho no Capitólio, de acordo com a Sounds Good.
Fundada em 2011, a banda ganhou notoriedade um ano depois, quando cinco dos seus elementos foram detidos por terem cantado uma canção contra o então primeiro-ministro e atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, na catedral de Moscovo. O grupo pretendia denunciar a cumplicidade entre a Igreja Ortodoxa e o poder político.
Na sequência dessa detenção, dois dos elementos das Pussy Riot - Maria Alekhina e Nadejda Tolokonnikova - foram condenados em agosto de 2012 a dois anos de trabalhos forçados.
As Pussy Riot tornaram-se desde então no símbolo da contestação ao regime de Putin.