Para se construir a paz, “é necessário desarmar o coração”, disse esta terça-feira o Papa durante o Angelus, na Praça de São Pedro.
Francisco recordou que “todos nós estamos equipados com pensamentos agressivos e palavras afiadas e pensamos em nos defender com os arames farpados da lamentação e com os muros de cimento da indiferença”.
Por isso, "a semente da paz pede para desmilitarizar o campo do coração.”
A propósito do Dia de Todos os Santos que hoje se assinala, o Papa convidou-nos a “olhar para dentro de nós e nos perguntarmos: somos construtores de paz? Ali onde vivemos, estudamos e trabalhamos, levamos tensão, palavras que ferem, conversas que envenenam, polémicas? Ou abrimos o caminho para a paz: perdoamos aqueles que nos ofenderam, cuidamos daqueles que estão à margem, curamos alguma injustiça ajudando aqueles que têm menos? Isto é construir a paz.”
Ainda a propósito desta festa, Francisco sublinhou que os santos e santas foram pessoas, “cuja vida nem sempre foi perfeita ou linear, nem tinham uma imagem engomada”, mas foram fiéis ao “bilhete de identidade dos santos”, ou seja às bem-aventuranças de Jesus que “ falam de uma vida contracorrente e revolucionária!”
No final, voltou a pedir orações pela “martirizada Ucrânia” e pela sua próxima viagem ao Bahrein, que se realiza esta semana, de quinta feira a domingo, para participar no Fórum para o diálogo entre o Oriente e o Ocidente a favor da convivência humana.
“Que este diálogo e cada encontro possam ajudar à construção da fraternidade e da paz de que este mundo tem urgente necessidade”, afirmou