Projeto de lei sobre controlo de armas avança no Texas após o mais recente tiroteio
09-05-2023 - 00:09
 • Lusa

Este projeto de lei tinha falhado semanas antes do tiroteio deste fim de semana que causou oito mortos no Allen Premium Outlets.

Um comité da Câmara dos Representantes do Texas liderado por republicanos avançou, esta segunda-feira, com um projeto de lei para aumentar a idade da compra de armas semiautomáticas de 18 para 21 anos, após o mais recente tiroteio mortal.

O projeto de lei foi aprovado para ser levado ao plenário da Câmara dos Representantes, após dois republicanos se terem juntado a seis democratas e após os protestos de manifestantes presentes no Capitólio do Texas. Algumas famílias cujos filhos foram mortos no ataque na Robb Elementary School em Uvalde no ano passado choraram após a votação, noticiou a agência Associated Press (AP).

No entanto, é improvável que a medida se torne lei, já que o governador republicano, Greg Abbott, já rejeitou a ideia de permitir que apenas pessoas com 21 anos ou mais comprem armas como as utilizadas em muitos dos piores tiroteios do país, incluindo o Texas. O facto de um projeto de lei sobre o controlo de armas ser aprovado numa votação do comité de segurança comunitária é incomum.

Este projeto de lei tinha falhado semanas antes do tiroteio deste fim de semana que causou oito mortos no Allen Premium Outlets, num centro comercial ao ar livre. O congressista estatal republicano Ryan Guillen, que preside este comité, destacou esta segunda-feira que ainda acredita que não há apoio suficiente no Congresso para que o projeto seja aprovado.

A pressão para aumentar a idade que permite a compra daquelas armas é liderada há meses no Capitólio do Texas por algumas famílias das 19 crianças e dois professores que foram mortos em Uvalde, quando um atirador de 18 anos com um arma semiautomática AR-15 abriu fogo numa sala de aula.

No sábado à tarde, um homem armado abriu fogo num centro comercial da zona de Dallas, no Texas, matando oito pessoas e ferindo várias outras antes de ser alvejado mortalmente pela polícia. Três polícias, que falaram com a AP sob anonimato, identificaram o atirador como Mauricio Garcia.

As autoridades estão a investigar possíveis vínculos com a ideologia da supremacia branca, de acordo com fontes próximas da investigação citadas pelo “The Wall Street Journal”. De acordo com o jornal, o agressor tinha mais armas, vestia um colete à prova de bala e carregava numerosas munições. Na cena de crime foram encontrados mais de 100 cartuchos disparados.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou cinco dias de luto nacional, "em sinal de respeito pelas vítimas de atos de violência sem sentido".