Um comité da Câmara dos Representantes do Texas liderado por republicanos avançou, esta segunda-feira, com um projeto de lei para aumentar a idade da compra de armas semiautomáticas de 18 para 21 anos, após o mais recente tiroteio mortal.
O projeto de lei foi aprovado para ser levado ao plenário da Câmara dos Representantes, após dois republicanos se terem juntado a seis democratas e após os protestos de manifestantes presentes no Capitólio do Texas. Algumas famílias cujos filhos foram mortos no ataque na Robb Elementary School em Uvalde no ano passado choraram após a votação, noticiou a agência Associated Press (AP).
No entanto, é improvável que a medida se torne lei, já que o governador republicano, Greg Abbott, já rejeitou a ideia de permitir que apenas pessoas com 21 anos ou mais comprem armas como as utilizadas em muitos dos piores tiroteios do país, incluindo o Texas. O facto de um projeto de lei sobre o controlo de armas ser aprovado numa votação do comité de segurança comunitária é incomum.
Este projeto de lei tinha falhado semanas antes do tiroteio deste fim de semana que causou oito mortos no Allen Premium Outlets, num centro comercial ao ar livre. O congressista estatal republicano Ryan Guillen, que preside este comité, destacou esta segunda-feira que ainda acredita que não há apoio suficiente no Congresso para que o projeto seja aprovado.
A pressão para aumentar a idade que permite a compra daquelas armas é liderada há meses no Capitólio do Texas por algumas famílias das 19 crianças e dois professores que foram mortos em Uvalde, quando um atirador de 18 anos com um arma semiautomática AR-15 abriu fogo numa sala de aula.
No sábado à tarde, um homem armado abriu fogo num centro comercial da zona de Dallas, no Texas, matando oito pessoas e ferindo várias outras antes de ser alvejado mortalmente pela polícia. Três polícias, que falaram com a AP sob anonimato, identificaram o atirador como Mauricio Garcia.
As autoridades estão a investigar possíveis vínculos com a ideologia da supremacia branca, de acordo com fontes próximas da investigação citadas pelo “The Wall Street Journal”. De acordo com o jornal, o agressor tinha mais armas, vestia um colete à prova de bala e carregava numerosas munições. Na cena de crime foram encontrados mais de 100 cartuchos disparados.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou cinco dias de luto nacional, "em sinal de respeito pelas vítimas de atos de violência sem sentido".