A NASA está a desenvolver uma tecnologia que permite enviar dados no espaço sideral através de laser.
A nova tecnologia permite que a informação seja transmitida a velocidades 100 vezes superiores aos meios tradicionais, baseados em ondas de rádio.
Este avanço é importante para a troca de informação interplanetária, podendo desempenhar um papel importante na futura exploração espacial.
Os testes da Agência Espacial Norte-Americana estão a ser feitos com a sonda Psyche, criada para explorar o asteroide 16 Psique, que faz parte da Cintura de Asteroides localizada entre Marte e Júpiter.
A NASA assinalou o desenvolvimento científico através da partilha no YouTube do primeiro vídeo enviado de fora da Terra usando um laser.
No vídeo vê-se Taters, um gato listrado laranja, estendido sobre um sofá, a perseguir um feixe de laser em movimento, o qual evidentemente nunca consegue intercetar.
No entanto, o que torna únicas as imagens publicadas na rede social é mesmo a forma como as mesmas viajaram milhões de quilómetros até serem recebidas na Terra.
Com cerca de 15 segundos de duração, o filme foi codificado num laser infravermelho, e depois transmitido da sonda Psyche para o Telescópio Hale, localizado na Califórnia. A distância, de cerca 31 milhões de quilómetros, ou 80 vezes a distância entre a Terra e a Lua, demorou 101 segundos a percorrer.
Como o gatinho Taters foi elevado a estrela
A sonda Psyche não gera dados de vídeo, pelo que, para a realização das experiências, é usado material enviado da Terra.
O dispositivo criado pela NASA é assim um transcetor de laser, ou seja, um instrumento que funciona em simultâneo como recetor e emissor.
Porque o momento era histórico, e “para tornar este evento significativo mais memorável”, uma equipa de designers criou um vídeo curto, capaz de capturar a “essência da experiência como parte da missão Psyche”, esclarece a agência americana.
As imagens foram enviadas para a sonda, que posteriormente as retransmitiram para a Terra, provando que é possível usar o laser como base para a comunicação através do espaço.
Estes desenvolvimentos científicos antecipam um futuro onde feixes de luz possam transmitir dados de todo o tipo a grandes distâncias, de forma rápida e fiável.
Até lá, Taters vai continuar a tentar capturar o raio de laser. E não é de esperar que tenha o mesmo sucesso na sua missão que os cientistas da NASA alcançaram no fabrico desta tecnologia inovadora.