Os bispos portugueses manifestaram esta segunda-feira a sua preocupação com a lei para a despenalização da eutanásia que foi apresentada recentemente no Parlamento.
A lei, redigida pela deputada Isabel Moreira, sintetiza e conjuga os vários projetos que foram aprovados por maioria na Assembleia da República, mas que tinham diferenças e incompatibilidades entre elas.
A nova proposta tem agora de ser votada novamente antes de ser enviada para Belém, para promulgação, ou não, pelo Presidente da República.
Em conferência de imprensa, depois da reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal, o porta-voz da CEP, padre Manuel Barbosa, referiu que os bispos estão “atentos e preocupados pela insistência na legislação da despenalização da eutanásia, tendo em conta o que a sociedade portuguesa está a viver desde março e neste contexto de pandemia.”
Uma petição assinada por perto de 100.000 pessoas, a exigir um referendo sobre a questão, está também no Parlamento para discussão. O padre Manuel Barbosa deu, em nome dos bispos, uma força no sentido de este ser aprovado pelos deputados.
“Reafirmamos que a vida não é referendável, somos contra a eutanásia, todavia o referendo podia ser uma oportunidade para que a sociedade pense melhor sobre o assunto”, disse o porta-voz da CEP.