A audiência desta sexta-feira com o ex-ministro Eduardo Cabrita, arguido no caso da morte de um trabalhador na A6, foi suspensa a meio devido à greve dos funcionários judiciais.
A audição vai ser reagendada bem como o debate instrutório, disse aos jornalistas Magalhães e Silva, advogado de Eduardo Cabrita.
Dia 30 vai haver debate instrutório? "Não. As diligências quer das testemunhas que há para inquirir quer da conclusão do interrogatório do Dr. Eduardo Cabrita vai ser reagendada, portanto vai ser reagendado também o debate instrutório", disse Magalhães e Silva.
Questionado pelos jornalistas, o advogado respondeu que, até agora, Eduardo Cabrita "esclareceu tudo o que havia para esclarecer".
José Barros, o advogado da família da vítima do acidente na A6, não ficou convencido com os argumentos do ex-ministro da Administração Interna.
"Eu julgo que na perspetiva do senhor ex-ministro terá sido esclarecedor, na minha não foi assim tanto", declarou.
Os arguidos vão chegar a julgamento? "Não sei. Neste momento é muito difícil fazer juízos a esse respeito, só depois de terminados os interrogatórios é que o senhor juiz está em condições de dizer alguma coisa", afirmou José Barros.
Nuno Dias, ex-chefe de segurança de Eduardo Cabrita, alegou esta sexta-feira que não sentiu que a comitiva que atropelou mortalmente um trabalhador na A6 seguisse em excesso de velocidade.
O advogado da família do trabalhador que morreu atropelado pela viatura oficial de Eduardo Cabrita desvaloriza os argumentos de Nuno Dias.
Viaturas oficiais devem ir na faixa da esquerda? "Não. Devem cumprir as regras do Código da Estrada. Vir na faixa da esquerda só por si é uma manobra perigosa", afirmou José Barros.