Pela primeira vez, a Cáritas estará incluída no programa oficial da Jornada Mundial da Juventude.
Uma delegação de representantes das sete regiões, que integram a Cáritas Internacionalis, estará em Lisboa para dar testemunho da forma como participam na missão Cáritas nos seus países de origem.
A delegação vai também participar nos Dias nas Dioceses, de 26 a 30 de julho, em Leiria.
Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, sublinha em entrevista à Renascença a importância estratégica desta presença da Cáritas no programa da JMJ.
Qual o significado e importância desta participação da Cáritas na JMJ?
Dentro da importância que a Jornada tem, pode ser uma gota de água, mas a rede Cáritas é uma rede Internacional e há muitos grupos de Caritas no mundo que se estão a deslocar para Portugal.
Por isso, realmente, é sempre bom para estes grupos verem a sua representação quer no "stand" quer numa iniciativa própria da Cáritas.
É também importante para sublinhar a importância do contributo dos jovens para o avanço da missão Caritas no mundo?
O Movimento Cáritas tem uma área que é a Cáritas Jovem, que é uma força da natureza e que em cada parte do mundo tem uma atividade. E o facto de se sentirem reconhecidos, de se verem representados neste movimento da Igreja é, claramente, muito importante, porque é aí que eles se sentem parte da iniciativa.
Porque os jovens são fundamentais para a missão da Cáritas, aliás, parafraseando alguém: "são poderosos agentes de mudança"?
São poderosos agentes de mudança, são a esperança do futuro. Se nós não conseguirmos trazer os jovens para o cuidar social, este movimento - que é um movimento da Igreja - não tem futuro. O facto de eles nos acompanharem também significa que faz sentido.
Faz sentido na vida deles e naqueles que se vão juntando a eles. Vamos ter cá, antes da jornada começar, um grupo representando a Cáritas Internacional que vai estar junto na praia de Pedrógão, na Cáritas diocesana de Leiria. Mas vamos ter muito grupos que vão chegar.
Aliás, foi muito interessante que uma das pessoas a quem D. Américo (presidente da Fundação JMJ) entregou um kit das Jornadas, foi ao diretor da Caritas da Ucrânia. E, tudo isso é, claramente, muito mobilizador para os jovens. E tudo o que seja mobilizador para os jovens será mobilizador para a Cáritas e para a igreja em Portugal.
É também um sinal dos tempos que vivemos, em que sabemos ou nos apercebemos melhor da importância que a Cáritas tem tido no apoio de quem está em dificuldades?
Acho que isso se vai sentindo em cada país, em cada movimento. Mas mais importante para mim ainda é perceber que isto significa que nós fazemos sentido no futuro. Não é só no presente e não só no passado. Temos um sentido no futuro que é representado por estes jovens que se aproximam.