As fronteiras terrestres e aéreas do Níger foram reabertas na terça-feira, cerca de uma semana após o seu encerramento, no contexto do golpe de estado que afastou o Presidente eleito Mohamed Bazoum.
“As fronteiras terrestres e aéreas com a Argélia, Burkina Faso, Líbia, Mali e Chade estão reabertas [a partir de] hoje”, declarou esta madrugada um dos líderes do golpe de Estado na televisão nacional do Níger, citado pela agência de notícias France-Presse.
O anúncio acontece a cinco dias do fim do ultimato para restaurar a ordem constitucional, exigida pelos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que iniciam hoje uma reunião de três dias, em Abuja, na Nigéria, para discutir a situação nigerina.
Os líderes da África Ocidental, reunidos numa cimeira extraordinária no domingo passado, condenaram o golpe e deram uma semana aos responsáveis para restaurar o presidente deposto Mohamed Bazoum, sob pena de recorrerem à força, prevendo na altura uma reunião dos chefes de gabinete dos países membros.
Governo acompanha situação de portugueses
O Governo português diz estar a acompanhar a situação dos 9 portugueses que estão naquele país.
Questionado pela Renascença, o Ministério dos Negócios Estrangeiros adianta que a situação está a ser monitorizada através das representações diplomáticas de Portugal e da União Europeia e refere ainda que está coordenado com os parceiros europeus no sentido de operacionalizar a retirada em segurança dos nacionais que queiram sair do Níger.
Os Governos de França e Itália anunciaram que vão começar a repatriar cidadãos daquele país da África Ocidental.