A Hungria aceitou o pedido de alargamento de mandado de detenção europeu de Rui Pinto, feito pelo Ministério Público (MP) português, que assim pode acusar o alegado "hacker" por factos apurados na investigação relacionada com a Doyen Sports, um fundo de investimento, e o Sporting.
A informação foi revelada, esta quinta-feira, em comunicado do site do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). O pedido tinha sido feito em julho.
O pedido "teve resposta positiva das autoridades húngaras", que deram consentimento, a 13 de agosto, da extensão do mandado de detenção europeu. O DCIAP acrescenta que o inquérito, dirigido pelo MP, com o auxílio da Polícia Judiciária, "encontra-se em investigação e está em segredo de justiça".
Contexto
Através da plataforma eletrónica Football Leaks, Pinto começou a divulgar, em 2015, milhares de documentos confidenciais de contratos e transferências do mundo do futebol, que davam conta desses esquemas de evasão fiscal.
Rui Pinto, hoje com 30 anos, foi entregue pelas autoridades húngaras à justiça portuguesa em março deste ano e encontra-se em prisão preventiva no âmbito de um inquérito titulado pelo DCIAP, no qual está indiciado por seis crimes relacionados com acessos aos sistemas informáticos do Sporting e da Doyen e com uma alegada tentativa de extorsão a este fundo de investimento.