O Montepio poderá vir a dispensar 20% da sua força laboral – ou seja, 800 trabalhadores – no âmbito de um plano de “ajuste”. Para tal, prepara-se para pedir ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação.
A notícia é avançada pelo jornal online ECO, segundo o qual as rescisões de contrato terão um custo estimado de 80 milhões de euros.
O estatuto de empresa em reestruturação permite que, face a uma situação económica difícil, essa empresa reduza o número de trabalhadores.
Segundo o ECO, o Banco de Portugal já terá sido informado sobre o plano, mas, do lado do Montepio, a única afirmação é que o banco que “está a ajustar processos e a estudar a sua dimensão, tal como foi partilhado com os colaboradores e as respetivas estruturas”.
Nos primeiros seis meses deste ano, o banco teve prejuízos de 51,3 milhões de euros, que comparam com os lucros de 3,6 milhões de euros do mesmo período de 2019, divulgou a instituição.
A instituição bancária justificou os prejuízos com as imparidades que constituiu (109,4 milhões de euros) para fazer face a perdas de crédito decorrentes da crise pandémica.
Em junho, ficou-se a saber que o banco iria reduzir a rede de agências – menos 31 consideradas “redundantes” geograficamente – no âmbito de um processo de “ajustamento a um novo ciclo”.
O banco Montepio contava, no final de junho, com perto de 3.560 funcionários. A comissão de trabalhadores reúne-se nesta quarta-feira com a comissão executiva.