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O Papa apelou ao diálogo na Venezuela, este domingo de manhã, e convidou o Governo e a oposição a porem um fim à escalada de violência.
Um dia depois de ter admitido a mediação da Santa Sé, Francisco falou do agravamento dos confrontos e dirigiu um apelo urgente para que sejam respeitados os direitos humanos.
“Não param de chegar notícias dramáticas sobre a situação da Venezuela e o agravamento dos confrontos com inúmeros mortos, feridos e detidos. Ao unir-me à dor dos familiares das vítimas, pelos quais asseguro orações de sufrágio, também dirijo um premente apelo ao Governo e a todos os sectores da sociedade venezuelana para que seja evitado o escalar da violência, sejam respeitados os direitos humanos e se procurem soluções negociados para a grave crise humanitária, social, política e económica, que está a levar a população ao limite”, afirmou no Vaticano, antes da recitação da oração do Regina Coeli.
O apelo acontece menos de 24 horas depois de o Papa ter admitido, durante o voo de volta a Roma vindo do Cairo, o regresso da Santa Sé ao papel de mediador na crise venezuelana – uma mediação que, Henrique Capriles, um dos principais dirigentes da oposição venezuelana, já rejeitou.
A contestação ao Governo do Presidente Nicolás Maduro e os actos de vandalismo e pilhagens nas últimas semanas já provocaram a morte a mais de 30 pessoas.
A Venezuela decidiu, entretanto, sair da Organização dos Estados Americanos, já após o Supremo Tribunal do país ter assumido, no final de Março, os poderes do Parlamento do país, vindo a recuar na decisão após declarações de condenação de várias instituições internacionais.
Além da crise política, o país sul-americano vive uma grave inflação e escassez de alimentos e medicamentos.
Aos milhares de fiéis presentes na Praça de S. Pedro, o Papa pediu que rezassem pela paz na Venezuela e na Macedónia.