República Checa vai testar a paciência da seleção nacional
08-06-2022 - 12:17
 • Renascença

Fernando Santos não perspetiva muita gestão da equipa no onze inicial e espera um jogo complicado frente a uma seleção compacta defensivamente e que joga no contra-ataque.

O selecionador nacional Fernando Santos admite que poderá não fazer muita gestão de equipa na próxima partida com a República Checa.

Com mais um dia de descanso do que para o último jogo, Fernando Santos assume que a escolha do onze terá mais a ver com o contexto do jogo do que com gestão física.

"Temos mais 24 horas, é distinto do último jogo. 72 horas criam dificuldades de recuperação, com mais um dia, não se coloca da mesma maneira. Depois no domingo, sim, será difícil. Vai jogar quem eu acho que deve abordar um jogo com estas características e não com gestão. Poderei depois fazer essa gestão durante o jogo", afirmou, em conferência de imprensa.

Em caso de rotação, Fernando Santos garante que a seleção não sofre muito com mudanças na equipa, fruto da qualidade do plantel. Independentemente de quem jogue, o objetivo será vencer.

"A rotatividade é muito importante para gerir o esforço, mas temos muita qualidade, podemos alternar e o jogo não perde muito. Se fosse a pensar em preparar algo futuro, mas há uma grande responsabilidade nesta competição, o povo já não está habituado a que não seja assim. Vamos com o foco de vencer, mas aliar à gestão dos jogadores", diz.

Contra uma seleção com três centrais, um sistema que foi difícil para a seleção contraria no Euro 2020, Fernando Santos deixou vários elogios à seleção da República Checa.

"São muito bem organizados em termos defensivos, muito compactos. Não baixam as linhas para dentro da área. Vão criar dificuldades, há que ter paciência para encontrar os momentos certos do jogo. Eles são fortes na transição e jogam em ataque rápido. Mas não vamos mudar a nossa ideia, estruturalmente e conceptualmente", diz.

Fernando Santos garante que será um adversário muito diferente da Espanha e da Suíça: "Coloca-nos dificuldades diferentes, porque essas duas seleções eram equipas de posso. Já mostrei aos jogadores espaços que devemos procurar. Temos de estar atentos. Não é por mero acaso que empataram com a Espanha e venceram a Suíça. E foi a Espanha que conseguiu o empate".

Jogo 100? Primeiro foi o mais marcante

Fernando Santos vai cumprir 100 jogos à frente da seleção nacional. O mais marcante foi o primeiro, frente à França num particular.

"Nunca haveria 100 se não houvesse primeiro. Foi o jogo que marcou. Estar à frente da seleção do meu país foi emocionante. Lembro-me de chegar ao estágio e ter contacto com os jogadores pela primeira vez. Lembro-me mal do primeiro jogo, fez-me confusão, foi dos poucos jogos que não tenho uma boa ideia. Lembro-me de não ter conseguido cantar o hino", termina.

O Portugal-República Checa está marcado para esta quinta-feira, às 19h45, em Alvalade, com relato na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.sapo.pt.