​BE desafia Governo a desbloquear investimento na CP
05-09-2018 - 19:47
 • Susana Madureira Martins

Catarina Martins apela ao Governo que avance já com a contratação de pessoal para a empresa e resolva o problema da falta de comboios.

O Bloco de Esquerda (BE) desafia o ministro das Finanças a desbloquear de imediato o plano de investimentos para a ferrovia, no valor de 170 milhões de euros.

A coordenadora do partido esteve reunida esta quarta-feira com o Sindicato dos Revisores da CP. Desse encontro saiu o apelo de Catarina Martins para que o Governo avance já com a contratação de pessoal para a empresa e resolva o problema da falta de comboios.

São três as exigências do Bloco de Esquerda: que o plano de investimentos na ferrovia no valor de 170 milhões de euros avance já, que a contratação de pessoal seja imediata e a garantia de que, até ao final do ano, o contrato de concessão do serviço de comboios é feito com a CP.

A coordenadora do partido, Catarina Martins, desafia Mário Centeno a desbloquear de uma vez as verbas para este setor.

“O ministro das Finanças não pode ser um obstáculo aos investimentos que o país já decidiu que são essenciais e aos acordos feitos em cada área, cumprindo os orçamentos que existem. Ninguém está a pedir despesas extraordinárias”, afirma a coordenadora do BE.

À saída do encontro, o presidente do Sindicato dos Revisores da CP, Luís Bravo, disse aos jornalistas que existiu um acordo tripartido, e incluía o Governo, mas quando se trata de libertar o dinheiro previsto esbarra sempre tudo no Ministério das Finanças.

O dirigente sindical ouviu esta semana o presidente da CP dizer, no Parlamento, que vai contratar 88 trabalhadores, mas não disse quando. Luís Bravo alerta que, entre recrutar e formar candidatos, são necessários entre seis a oito meses e tudo isto já leva atraso total.

Na terça-feira, o presidente da CP, Carlos Gomes Nogueira, garantiu aos deputados que, sempre que pede ao Ministério do Planeamento e das Finanças o desbloqueio de verbas para o funcionamento da empresa, esses pedidos têm sido sempre atendidos e dentro do prazo e que as cativações não têm sido um problema para a ferrovia.