O ministro das Finanças garantiu esta terça-feira que o Governo não vai dar algo "que depois tenhamos de tirar" e que as medidas de apoio à inflação são as possíveis para o momento atual.
"Só podemos dar aquilo que podemos manter", defendeu Fernando Medina, em entrevista à RTP.
Sobre as medidas direcionadas ao pensionistas, o responsável pela pasta das Finanças garantiu que não terão "perda de poder de compra em 2023".
"Quanto a 2024, estaremos aqui para conversar", disse apenas, quando questionado sobre o futuro.
"Vários países decidiram suspender as fórmulas ou não proceder aos aumentos. Nós decidimos respeitar uma fórmula muito exigente", realçou, ainda.
O ministro foi também questionado sobre se haverá um aumento salarial para os funcionários públicos, mas apenas referiu que todos os que tenham rendimentos até 2.700 euros também irão receber o pagamento extraordinário de 125 euros. Quanto a aumentos salariais mais concretos, garantiu que haverá propostas a serem apresentadas aos sindicatos.
Já sobre o pagamento extraordinário de 50 euros por criança ou jovem dependente, Medina afirmou que o Governo deve "dar o sinal que todos os que contribuem com os seus rendimentos para o estado social têm de alguma retribuição".
Por fim, o governante foi ainda questionado se mantém a procura para o cargo de consultor, depois da recusa de Sérgio Figueiredo, limitando-se a dizer que a necessidade do Ministério "mantém-se".