Cinco filmes feitos por mulheres portuguesas, selecionados numa parceria entre a Academia Portuguesa de Cinema e a Netflix, vão estrear-se na sexta-feira nesta plataforma de 'streaming', foi anunciado esta quinta-feira.
Quase um ano depois de terem sido escolhidos por um júri, no âmbito de uma convocatória lançada pela Academia Portuguesa de Cinema, os cinco filmes chegam esta semana àquela plataforma de 'streaming', estando disponíveis "a nível mundial", refere a Netflix em comunicado.
Os filmes escolhidos são "A Metamorfose dos Pássaros", de Catarina Vasconcelos, com Joana Gusmão na produção, "Soa", de Raquel Castro, com argumento de Isabel Machado, produção de Joana Ferreira e Sara Simões, "Mar", de Margarida Gil, com argumento de Rita Benis, e "Simon Chama", de Marta Sousa Ribeiro, e produção de Joana Peralta.
A eles junta-se "Desterro", da realizadora luso-brasileira Maria Clara Escobar.
A iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema destina-se a dar mais visibilidade a mulheres portuguesas - ou com residência permanente em Portugal - que tenham estado envolvidas na produção, realização ou escrita de argumento.
De acordo com o regulamento, a parceria prevê o licenciamento das longas-metragens à plataforma Netflix pelo período de um ano.
Segundo o regulamento, as candidatas associadas a cada um dos filmes selecionados recebem 15.000 euros. No caso de haver mais do que uma candidata por filme selecionado, os 15.000 euros serão repartidos entre todas.
Em dezembro de 2021, quando anunciou os filmes selecionados, a Academia Portuguesa de Cinema considerou que as expectativas tinham sido superadas, por ter recebido 31 candidaturas, referentes a longas-metragens finalizadas entre 2019 e 2020.
Na altura, a academia dizia que esta parceria era "apenas um primeiro passo no caminho de uma maior representatividade e igualdade de oportunidades de mulheres no setor do cinema e audiovisual".
Os filmes foram escolhidos por Carla Chambel (vice-presidente da Academia Portuguesa de Cinema), Fátima Ribeiro (argumentista), Isadora Laban (Netflix Portugal e Espanha) e Tota Alves (argumentista).
A plataforma de 'streaming' Netflix está presente em mais de 190 países e conta com "223 milhões de adesões pagas".