Os Estados Unidos abrem a porta a eventuais negociações com a Coreia do Norte, se o regime de Pyongyang parar com os lançamentos de mísseis de teste.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, declarou esta segunda-feira, em Manila, nas Filipinas, que está disposto a sentar-se à mesa com o inimigo.
O chefe da diplomacia de Washington manifestou uma posição mais conciliadora em relação à Coreia do Norte e explicou o objectivo das negociações.
“É uma oportunidade para a Coreia do Norte mostrar que está preparada para conversar e parar o lançamento de mísseis. Estas negociações não têm um prazo do tipo: ‘daqui a 30 dias estaremos prontos a falar’. Não é assim tão simples. Tem tudo a ver com a forma como a Coreia do Norte vai abordar o diálogo”, afirmou Rex Tillerson.
A abertura dos Estados Unidos à negociação acontece depois de a China - único aliado internacional da Coreia do Norte - ter pedido ao regime de Kim Jong-un para pôr um ponto final às provocações.
Em relação às sanções contra a Coreia do Norte, o secretário de Estado norte-americano considera que “só serão realmente sentidas quando lhes chegarem ao bolso e tiveram um impacto real nos rendimentos”.
“O elemento mais importante das sanções é a mensagem que envia à Coreia do Norte: que a comunidade internacional considera inaceitável o que Pyongyang está a fazer”, salientou.
As novas sanções aprovadas no conselho de segurança das Nações Unidas podem representar um corte de um terço de todas as exportações da Coreia do Norte, num valor de 2,5 mil milhões de euros.
Pyongyang não dá sinais de recuar nem de abdicar do seu programa de armas nucleares. Diz que as sanções são uma "violação flagrante da soberania" do país e avisa que os EUA vão "levar uma lição" se decidirem atacar a Coreia do Norte.