Fernando Santos assume alguma preocupação com o comportamento recente da seleção nacional e espera que a equipa recupere os seus equilíbrios. Em conferência de imprensa, de antevisão do particular com o Catar, o treinador destaca números que o inquietam: "Nos últimos quatro jogos sofremos oito golos. É anormal".
"Uma equipa que marca menos do que sofre põe-se a jeito para perder. Temos de voltar a jogar como equipa, ser uma equipa bem organizada em todos os momentos do jogo, sem perder a criatividade", assinala. Para repôr o equilíbrio que pretende, Fernando Santos precisaria de mais tempo de trabalho em treino, mas não dispondo dessa possibilidade terá de reabilitar a equipa em jogo.
A primeira oportunidade é já este sábado, frente ao Catar. O particular que antecede o jogo com o Azerbaijão, em Baku, servirá também para dar minutos aos jogadores que não foram titulares frente à República da Irlanda.
Revolução no 11, com estreia de Otávio à vista
"Vamos gerir para que estejamos frescos com o Azerbaijão", diz, antecipando muitas mexidas no 11. Neste cenário, Otávio deverá ter oportunidade de se estrear pela seleção portuguesa. De fora da partida com o Catar estão Pepe e Palhinha, que não treinaram esta sexta-feira.
Ambos contraíram lesões leves e o selecionador espera contar com eles para o encontro com os azeris.
Numa primeira avaliação ao Catar, Fernando Santos realça tratar-se de uma equipa "muito equilibrada". "Vamos jogar contra uma equipa que anda a ser preparada para jogar ao Mundial há seis anos e jogam sempre os mesmos", observa.
O selecionador português considera, pelo que analisou do adversário, que o resultado do último jogo que o Catar realizou com a Sérvia - derrota por 4-0 - não espelha o valor da equipa.
O Portugal-Catar realiza-se este sábado às 17h45 em Debrecen, na Hungria. Partida com relato na Renascença e com acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt. Na terça-feira, a equipa joga com o Azerbaijão, em partida a contar para a fase de apuramento para o Mundial 2022.