Cumpriu-se mais uma fase do difícil calendário do futebol português desta época e o Sporting voltou a inscrever o seu nome na lista dos vencedores da Taça da Liga.
Uma competição tida por menor durante vários anos, à qual alguns clubes viraram costas, consolidou já o seu estatuto, e na qual agora todos depositam interesse em conquistar o troféu.
Sporting Clube de Portugal e Sporting Clube de Braga encontraram-se na final pela primeira vez em Leiria, onde as condições climatéricas não permitiram a realização de um espetáculo completo e de grande qualidade.
Jogo de lotaria em grande parte do tempo regulamentar, que os leões de Lisboa venceram com toda a justiça, mesmo não tendo dominado os acontecimentos durante todo o espaço da partida.
E assim, os comandados de Rúben Amorim somaram a terceira vitória em quatro anos, conquista relevante se atendermos a que por Alvalade não têm passado tempos de muita tranquilidade.
Esta atual equipa tem revelado capacidade para além daquilo que é a sua suposta qualidade e até os mais jovens jogadores, a grande maioria, têm sabido estar à altura das suas responsabilidades decorrentes do prestígio e da dimensão nacional e internacional do clube.
Não foi uma vitória qualquer, porque também não foi obtida frente a uma equipa vulgar. Pelo contrário, o Sporting de Braga deu sempre a ideia de que também poderia tornar-se no vencedor da final, confirmando que se trata, de facto, um baluarte muito sério no futebol nacional, a ombrear, cada vez mais de perto, com os grandes do quadro português.
Ganha a Taça da Liga, o Sporting continua agora a ter pela frente a dura tarefa de tentar manter o seu avanço no campeonato, onde continua imbatível. Não se afigura uma caminhada fácil e as próximas metas poderão até ajudar a clarificar algumas perspetivas futuras, sobretudo quando, daqui por uma semana, tiver de defrontar o seu rival Benfica.
É verdade que o leão continua a rugir forte, mas a densa floresta tem ainda pela frente algumas árvores difíceis de derrubar.