A França fez esta terça-feira um pedido formal de ajuda aos parceiros da União Europeia para uma intervenção no Médio Oriente na sequência dos ataques de Paris.
A solicitação foi feito pelo ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, evocando a cláusula de protecção mútua prevista no Tratado de Lisboa (artigo 42.7) que prevê a colaboração dos restantes países em caso de ataque a um Estado membro. É a primeira vez que a França o faz.
Le Drian, citado na agência Reuters, afirmou que cada um dos 28 Estados-membros aceitou o pedido formal francês de “ajuda e assistência” ao abrigo do tratado europeu e que esperava brevemente a concretização dessa ajuda.
“Isto é, antes de mais, um acto político”, declarou ainda Le Drian.
Esta terça-feira em Paris, o Presidente esteve reunido com o secretário de Estado norte-americano Jonh Kerry. O primeiro-ministro Manuel Valls anunciou também que na próxima semana François Hollande se vai encontrar com Barack Obama em Washington e com Vladimir Putin em Moscovo.
Na resposta aos atentados de sexta-feira, a França está a intensificar a ofensiva aérea contra o Estado Islâmico na Síria. Foram lançados pelo menos 16 ataques contra um centro de comando e um campo de treino de terroristas em Raqqa, capital do grupo auto-denominado Estado Islâmico.
Em território nacional francês, prossegue a caça ao homem e já esta terça-feira foram reforçados os operacionais envolvidos: mais 115 mil entre polícias e militares, um número confirmado pelo ministro do interior Bernard Cazeneuve, em declarações à Rádio France Info.