A plataforma das associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) estão disponíveis para aumentos salariais por via de uma isenção fiscal.
À saída de uma reunião com o comandante-geral da GNR, Rui Ribeiro Veloso, na tarde desta segunda-feira, César Nogueira, da Associação dos Profissionais da Guarda, disse que todas as possibilidades estão em cima da mesa, desde que o valor final do suplemento de missão seja igual ao da Polícia Judiciária (PJ).
"Têm de nos apresentar propostas que consideramos viáveis. O principal é que não queremos nem mais nem menos do que aquilo que foi atribuído aos elementos da polícia. Queremos igual. [Estamos abertos à possibilidade de isenção fiscal] desde que o valor seja igual. Agora têm de nos apresentar propostas que, no final do mês, façam com cada profissional leve igual para sua casa", explicou.
Na reunião, foi ainda discutida a carta enviada aos oficiais da GNR e onde o comandante-geral que havia formas e sítios próprios para protestar. Os sindicatos saíram esclarecidos: Rui Ribeiro Veloso não quis limitar os direitos dos militares e está solidário com a sua luta.
"Foi questionado se [a carta] foi de alguma forma para condicionar. O senhor comandante geral afirmou que não foi para condicionar nada. Foi sim para explicas que, logicamente, quer que protestamos dentro da legalidade. Está solidário, apoia todos, desde sempre nesta questão. Há muitos profissionais que estão com medo de algumas represálias. Isso está fora de questão", rematou.
A plataforma de sindicatos - da qual fazem ainda parte a a Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ANSG), a Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) e a Associação Nacional Autónoma de Guardas da GNR (ANAG-GNR) - garantiu continuar com os protestos, nomeadamente com concentrações em Lisboa e no Porto de oficiais da GNR e de agentes da Polícia de Segurança Pública no próximo dia 31.
Na última semana, têm sido várias as manifestações por todo o país destas forças de segurança, que pedem que o seu suplemento de missão seja igualado ao que os inspetores da PJ recebem.