Veja também:
- Sondagem das Sondagens
- Legislativas. Debate da Rádio marcado para 26 de fevereiro
- O que prometem os partidos? Veja aqui os programas eleitorais
- Bloco Central? “Quem criou a bipolarização entre o PS e o PSD foi António Costa”
- Fact Check: Pedro Nuno Santos disse que, sem o Chega, a Esquerda é maioritária. Verdadeiro ou falso?
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, disse esta terça-feira que a direita é uma "bagunça" e o seu principal adversário nas eleições de 10 de março, Luís Montenegro, de não ser capaz de liderar o seu campo político.
"Há uma certeza que nós temos, o PS conseguirá proporcionar ao país estabilidade, estabilidade política. A direita não pode dizer o mesmo: Luís Montenegro não é capaz de liderar o seu campo político, Luís Montenegro não consegue liderar a direita em Portugal", sublinhou.
Discursando num comício em Faro, na terça-feira à noite, o líder dos socialistas acusou a direita de ser uma "bagunça", acrescentando que, caso fosse eleita, poderia ter consequências na estabilidade económica e social do país, na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e na imagem externa de Portugal.
"André Ventura quer Luís Montenegro, Luís Montenegro prefere Rui Rocha, Luís Montenegro e Rui Rocha não querem André Ventura. A direita é a bagunça, só que essa bagunça teria consequências em Portugal se por acaso eles tivessem a vitória", afirmou.
Referindo-se ao debate político com Luís Montenegro realizado na segunda-feira, o líder do PS acusou o seu adversário de mentir sobre o corte nas pensões e de impreparação, pois mostrou que não sabe quanto custa o programa eleitoral do PSD.
"O líder do PSD mostrou que não sabe sequer quanto custa o seu programa. Pois nós voltaremos a repetir: são 16.500 milhões de euros de perda de receita fiscal em quatro anos, são 23.500 milhões de euros o buraco orçamental do programa do PSD", sublinhou.
Pedro Nuno Santos acusou ainda o líder do PSD de irresponsabilidade orçamental, por prometer o que sabe "que não é possível, enganando o povo mais uma vez".
À chegada, o líder do PS foi recebido na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve por um grupo de algumas dezenas de polícias, que assobiaram e sopraram apitos voltando-se de costas para a comitiva do PS, em sinal de protesto.
Durante os cerca de 40 minutos de discurso, o dirigente socialista falou dos principais desafios que a região do Algarve enfrenta, nomeadamente, em matéria de saúde, educação e habitação, além da situação grave de seca.
Por fim, Pedro Nuno Santos defendeu a ligação da linha ferroviária do Algarve ao corredor mediterrânico, conseguindo que se chegue de França e de Espanha ao Algarve por comboio, prometendo também resolver o litígio das obras na Estrada nacional (EN) 125.